terça-feira, 31 de maio de 2011


No passado dia 20 de Maio, o Grupo de “Computadores e Internet para maiores de 70”, voltou ao Centro Cultural e Social do Divino Salvador de Real, para sensibilizar os utentes para o uso dos computadores.
         No centro existe um espaço com computadores para uso dos interessados, porém os utentes admitiram que nunca os tinham utilizados, relevando contudo alguma curiosidade. Os elementos do grupo foram explicando as principais funções do computador aos interessados, que embora com dificuldades a nivel da visão foram conseguindo fazer o que lhes foi proposto. O Sr. Bessa que havia criticado os computadores, uma vez que os netos quando o visitam “levam cada um o seu computador, juntam-se todos e quando têm de ligar os computadores á corrente, até me desligam o frigorifico. Depois estraga-se tudo”, acabou por se render ás vantagens da internet que lhe permitiu pesquisar manjericos, que reproduziu em seguida sob forma de desenho. A dona Maria Amélia, satisfeita por ter conseguido escrever o seu nome logo na primeira vez que contactou com o computador, revelou-se fascinada pelo MSN, ao saber que poderia contactar, de forma rapida e economica, com os seus filhos que se encontram no Brasil. No fim do dia fica o pedido, “Voltem mais vezes para aprendermos mais um bocadinho”.

Susana Ribeiro

terça-feira, 17 de maio de 2011

Abandono dos idosos em Portugal

 
        
      Abandono dos idosos em Portugal
Multiplicam-se os casos de idosos que morrem abandonados nas suas casas. Alguns ainda têm família, mas por qualquer motivo pessoal deixaram-nos abandonados, outros simplesmente porque não tem família próxima e vivem isolados na sua solidão de velhice.

Antigamente os casais pensavam em ter muitos filhos, porque tinham a expectativa de ter no futuro quem tomasse conta deles, mas hoje em dia, com as exigências económicas da vida das pessoas, ambos os cônjuges trabalham o que condiciona seriamente a sua disponibilidade para tomar conta dos seus progenitores.

Esta situação está em contradição com o conceito tradicional de família, com os valores defendidos pela igreja católica ao longo dos tempos, mas está a diluir-se pelos novos conceitos de vida moderna


Liliana Mendes


Programa Aconchego.

"A casa em troca de atenção
Pouco importa a diferença de idades. O Programa Aconchego está a conquistar, dia após dia, os seniores da cidade e os estudantes universitários, que querem quebrar a solidão. O sucesso do projecto, na adaptação dos jovens aos mais velhos, e vice-versa, valeu-lhe, há dias, uma distinção europeia.
Os mais velhos oferecem a casa e os mais novos a companhia. São já 44 as "duplas de sucesso" que o Programa Aconchego conseguiu juntar, numa iniciativa da Câmara Municipal do Porto (CMP), em parceria com a Fundação Porto Social (FPS) e a Federação Académica do Porto (FAP). No terreno desde 2004, o Aconchego, projecto destinado a juntar os estudantes e seniores que aceitarem o desafio da partilha de casa e de experiência de vida, foi recentemente distinguido com um prémio europeu de inovação social.
"O objectivo geral é colmatar em simultâneo dois problemas do concelho: diminuir o sentimento de solidão e o isolamento dos seniores e proporcionar alojamento, a custo reduzido, a jovens estudantes do Ensino Superior, não residentes no Porto", explicou à Viva um elemento da FPS. O programa conquistou a admiração da comunidade internacional, que lhe atribuiu o prémio "This is European Social Innovation". Esta é uma distinção que reconhece ao programa Aconchego um carácter de inovação social sustentável. O prémio traduz-se numa "publicação pela Comissão Europeia sobre o programa e na participação no workshop 'Disruptive Innovation', a ter lugar no Social Innovation Park de Bilbao".
Enquadrar os perfis
Para que o projecto pudesse andar sobre rodas foi necessária uma fase de preparação que mobilizou várias entidades. "Inicialmente foram identificados, através das juntas de freguesia da cidade do Porto, alguns seniores que viviam isolados", salientou a Fundação Porto Social. Seguidamente, "foram visitados pela equipa técnica da FPS e sensibilizados para aderir ao programa." O mesmo processo foi realizado junto dos estudantes universitários, através da FAP.
Depois de uma entrevista com os candidatos, na residência do sénior, estavam lançadas as bases para que as "duplas" funcionassem. Apesar dos 44 casos de sucesso, de acordo com a FPS, "as maiores dificuldades relacionam-se com a compatibilidade de perfis e com a adesão dos jovens estudantes a este tipo de programa".
A troca de lições
Certo é que na casa de Maria José, de 87 anos, e Mafalda, de apenas 20, não se registaram problemas de maior. A jovem garantiu à Viva que a adaptação a esta nova vida foi muito boa. "Telefonei para a FPS, apresentei o meu perfil e, a partir daí, começou o processo de avaliação", relatou Mafalda, que já só vê aspectos positivos no programa Aconchego. "Damo-nos muito bem, vemos os mesmos programas de televisão e vamos a espectáculos", garantiu a estudante, a viver na Baixa do Porto.
Para Maria José, voltar a viver sozinha "seria difícil". "Sinto que tenho companhia e afecto", salientou, revelando, no entanto, uma preocupação constante com a jovem. "O aspecto menos positivo é, para mim, a preocupação com o bem-estar da estudante, mais no sentido de minimizar a falta que ela possa sentir por viver longe dos familiares", afirmou Maria José, mostrando o compromisso que já sente em relação a Mafalda. De resto, o dia-a-dia destas companheiras é de grande alegria. "Cozinhamos juntas, vamos o cinema, a espectáculos e passeamos as duas", contou Maria José.
E já há lições de vida aprendidas. Da experiência que está a ter na sua nova casa, Mafalda concluiu que "a solidão dói muito". "E a vasta cultura da D. Maria José tem sido para mim uma aprendizagem", acrescentou. Nas palavras da idosa, foi Mafalda quem lhe ensinou o conceito de partilha. "A partilha da casa e dos momentos do dia-a-dia" é a grande lição mencionada.
Os imprevistos
Num ou noutro caso, a alegria deu até lugar à gargalhada. E como os imprevistos acontecem, a Fundação Porto Social destacou à Viva uma situação digna de registo, que ocorreu na casa de uma das "duplas". "Estava a senhora a preparar-se para o almoço e ouviu ruídos no andar de cima da casa. Achou estranho e pensando que eram 'ladrões' chamou a polícia. Quando a polícia chegou, percebeu que quem estava em casa a fazer ruídos era o jovem estudante que tinha integrado o Programa. Claro que a situação foi resolvida e terminou com grandes gargalhadas", contou a FPS.
Mariana Albuquerque"

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Acabei de me inscrever como Professora na Universidade Sénior Virtual, um projecto da RUTIS, desenvolvido com o apoio da POSC (Programa Operacional da Sociedade de Conhecimento) que pretende ser um ponto de encontro dos seniores no mundo virtual. Visitem http://www.seniorvirtual.net/. Podem ter aulas, conversar com os amigos, ir á biblioteca, jogar, ou fazer como eu e inscreverem-se como professores. Afinal, todos temos algo para ensinar. J
Susana
Para os idosos que aqui nos visitam deixo o endereço de um site onde podem encontrar vários conselhos com vista ao envelhecimento activo, bem como algumas notícias interessantes e actividades às quais se podem dedicar. Visitem e explorem “Terceira Idade Online” em http://projectotio.net/ .
Susana

sexta-feira, 8 de abril de 2011


O vídeo da nossa ida ao Centro Social e Cutural da Paróquia do Divino Salvador de Real e ao Lar de Mancelos :)

quinta-feira, 7 de abril de 2011

As Universidades Seniores são "a resposta socio-educativa, que visa criar e dinamizar regularmente actividades sociais, culturais, educacionais e de convívio, preferencialmente para e pelos maiores de 50 anos. Quando existirem actividades educativas será em regime não formal, sem fins de certificação e no contexto da formação ao longo da vida".
            As Universidades Seniores, Universidades da Terceira Idade ou Academia Seniores, independente da denominação são sempre um espaço privilegiado de inserção e participação social dos mais velhos. Através das várias actividades desenvolvidas pelas UTIs como aulas com um vasto leque de úteis matérias tão variadas como Língua e Literatura Portuguesa, Cultura Geral, Inglês, Francês, História, Artes Decorativas, Artes Plásticas, Pintura em Azulejo, Música, Informática e Ginástica.
 visitas, oficinas, blogs , revistas e jornais, grupos de música ou teatro, voluntariado os seniores sentem úteis, activos e participativos.
            Existem milhares de UTIs no mundo inteiro, com base no exemplo francês ou no exemplo inglês, e apesar da primeira UTI ter surgido em Portugal apenas três anos após a criação da primeira em França, em 1973, só nos últimos cinco anos este modelo se implantou verdadeiramente com o nascimento de dezenas de novas UTIs, passou de 30 em 2001 para 112 em finais de 2008.
No modelo francês as UTIs são criadas pelas universidades tradicionais, tem professores remunerados, garantem certificação e seguem um modelo mais formal.
            No modelo inglês, que Portugal segue, as UTIs nascem no seio de organizações sem fins lucrativos, os professores são voluntários, são mais informais e não garantem certificação, exceptuando 4 casos que se tornaram Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) com o objectivo de obterem apoios estatais
Em Portugal as UTIs estão representadas pela RUTIS e são um exemplo de vitalidade da sociedade civil e envelhecimento activo. As UTIs nacionais são frequentadas maioritariamente por mulheres, entre os 60-70 anos, com graus de instrução variável, desde a 4ª classe ao Doutoramento e essencialmente por reformados.